Recordar é viver... (post em memória de Caveira, eterno amigo)

Voltando das andanças pela cidade, hoje, lembrei de quando meu tempo era mais livre, e nessas recordações lembrei dos meus rolês de grafite.

É fato que não tive muita expressão nesse cenário, mas desde que fiz minha primeira pintura na rua (em 1999 se não me engano) nunca deixei de pesquisar ou fazer alguma coisa relacionada a essa arte.

Atualmente exploro mais o Stencil Art, porém comecei mesmo no grafite estilo livre.
Como tantos outros daquela época, comecei a pintar meu nome de grafiteiro, utilizando pra isso letras com formatos quase sempre indecifráveis aos leigos desse meio artítico.

Naquele momento o grafite se expandia pela cidade de São Paulo, e a consagração internacional de grafiteiros brasileiros, tais como Os Gemeos, Speto, Binho, Vitché, entre outros, terminaram por anular o estigma de vandalismo que o grafite recebia da população.

Essa abertura de opinião facilitou o surgimento de vários pintores e grupos de pintores (as chamadas crew's) , e eu fui um deles...
Influenciado pelo cenário estrangeiro dessa expressão, escolhi como nome de grafite a tag "Krust", muito pelo fato de sua sonoridade e possibilidade de trabalhar os formatos de suas letras.

Cheguei a fazer parte da crew L.E.M.A - Ladrões Engravatados Marionetes Ataque!, e com ela espalhavamos pelos muros da cidade personagens engravatados sendo enforcados, o que dispensa comentários detalhados sobre o motivo do nome e representações.

No mesmo dia em que pintei o grafite acima (meados de 2005), dei uma entrevista para a revista Casa e Jardim, revista da editora globo especializada em design de interiores, que buscava para sua matéria retratar o grafite como forma de decoração de ambientes residenciais.

Eu que nunca grafitei com essa finalidade, apareci na materia como contraponto, ao lado de artistas como Rui Amaral, Titi Freak, Zezão, entre outros.

Para que entendam melhor a entrevista e pra finalizar minhas recordações nesse post, deixo a entrevista na íntegra.

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OBS.: Vale lembrar que minha tag é Krust, com "K", não com "C", como o jornalista publicou...